Maria Inez F. Pedroso

Escritora - Poeta - Contadora de Histórias - Pedagoga

Palavras podem ser luz ou sombra ...
Textos

Era da informação, revolução tecnológica e as dores da alma

O título é um tanto estranho, o que uma coisa tem a ver com a outra? Informação, tecnologia e as dores da alma? Vamos por partes.

Um dia nossos antepassados  descobriram que para sobreviver podiam plantar, além de caçar e pescar. Iniciou-se a era da agricultura. Depois de muito tempo plantando e colhendo, descobriram outra forma de sobrevivência. Iniciou-se a era industrial.

Mais recentemente o mundo passou a viver a era da informação, com avanços tecnológicos em diversas áreas, como na Computação e Telecomunicações. O mundo não é mais o mesmo.  Computador,  celular, internet revolucionaram a forma de viver e de pensar das pessoas e trouxeram novas possibilidades de relacionamento e interação entre os homens. A cada minuto um turbilhão de informações são lançadas na rede mundial de computadores, podemos dispor delas  um segundo após terem sido lançadas; podemos ver e falar com uma pessoa que está do outro lado mundo.  Pois bem, e o que isso tem a ver com “dores da alma”? No contexto de facilidades proporcionadas pela tecnologia e da rapidez de informações é preciso não descuidar do aperfeiçoamento interior, não esquecer que  a busca pela essência humana, a nossa humanização,  requer o querer ser melhor e  olhar  para o outro também pensando no melhor para ele. Para  isso precisamos saber  que a alma tem dores que precisam ser tratadas.

         No momento tenho dois livros de cabeceira.  A inspiração para escrever  esta coluna veio deles.  Quero dividi-los com outras pessoas, pois tratam do ser humano e a busca por sua  essência. “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector,  nos apresenta personagens  presos aos acontecimentos do dia a dia ao mesmo tempo que buscam a sua essência humana.  “As Dores da Alma”,  de Francisco do Espírito Santo Neto, ditado por Hammed,  trata, em textos de linguagem clara e acessível, de questões e conflitos humanos, pesares e aflições da vida causados pela crueldade, orgulho, irresponsabilidade, crítica, ilusão, medo, preocupação, vício, solidão, culpa, mágoa, egoísmo, baixa estima, rigidez, ansiedade, perda, insegurança, repressão, depressão, dependência, inveja.

         A revolução da informação e da tecnologia desencadeou no processo de  sobrevivência, de  evolução e de convivência  dos seres humanos, uma profunda mudança. Em meio a tanto progresso e mudanças não podemos nos transformar em máquinas frias e nem  esquecer que é preciso amar. “A capacidade de amar está presente na alma humana, mas para que floresça exige aprimoramento dos sentimentos” (Hammed). Há que se combater as dores da alma para  iluminarmos a nós mesmos e irradiarmos  ao outro a luz do amor. “É importante caminhar, passo após passo, acompanhando nosso próprio “compasso existencial” e percebendo a hora propícia de mudança. O dia de hoje nos fornecerá exatamente as oportunidades de que precisamos para compor com estrofes e versos harmônicos o “poema de nossa vida”...” (Hammed). Então, como diz Clarice Lispector, “Continuemos, pois.”
Maria Inez Flores Pedroso
Enviado por Maria Inez Flores Pedroso em 24/04/2011
Alterado em 24/04/2011
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