Decisão
Procurava,
não encontrava a razão,
não entendia
o motivo de tal atitude.
Cansada,
tomou uma decisão.
Iria embora,
pousaria em outra estação.
Novos ares
quem sabe, fossem remédio
e amenizariam a dor
instalada no coração.
Partiu,
não olhou para trás.
Deixou na carta
algumas palavras borradas
pela lágrima da despedida,
símbolo da separação.
Amava-o,
e, por amá-lo,
deixou-o livre, respeitou a decisão.
Não queria ser algemas,
que ficassem as boas lembranças,
era isso que desejava.
Partiu,
mas sem perder a esperança de recomeçar:
"quem sabe,
logo mais adiante,
na próxima parada do ônibus
adentre um cavalheiro e,
com simpatia abundante,
pergunte:
posso ocupar este lugar?"
Maria Inez Flores Pedroso
Enviado por Maria Inez Flores Pedroso em 04/05/2011
Alterado em 11/05/2011
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