Na encruzilhada,

na esquina  da  insonia

ou no sonho ela aparece.

Assenhora-se não permite

que a ignorem.

Ri, pois é certo que será

vencedora.

Sacode o ritmo do coração,

comanda-o

ora, devagar,

ora acelerado.

Pode acontecer rapidamente

quando a sujeira é colocada

debaixo do tapete

e esconde os reais desejos.

E vem lentamente

amadurecendo a semente

preparando a explosão

que a fará germinar

e dar início

a novas formas de viver.

Ela, a decisão está a postos,

é companhia de cada dia.

Ela, faz o caminhar

ou o paralizar.

Ela, faz o grito de liberdade acontecer

ou cala-o no labirinto do medo.

Ela, a decisão,

está na linha que traça

o desejo de viver

ou não,

a própria singularidade,

de tocar e cuidar

ou, não de si,

de realizar

ou enterrar sonhos,

de ver-se como gente

ou como

uma miragem ...

Ela, a decisão, é uma

mulhe forte!